O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, não foi omisso e não deve ser responsabilizado pelo colapso na saúde do Amazonas, avalia o secretário de saúde do estado, Marcellus Campêlo.
Segundo ele, o ministro atuou “imediatamente” após tomar conhecimento da crise para distribuição de oxigênio.
“No primeiro momento que soube o ministro nos ajudou a tomar medidas de apoio logístico”, disse. Para o secretário, o que aconteceu no território amazonense foi resultado de um “desequilíbrio do consumo em função da logística”.
“Quem conhece Manaus sabe que não temos acesso rodoviário, para chegar ao Amazonas por via rodoviária tem que ir até Belém subir o Rio Amazonas por sete dias de balsa ou descer o Rio Madeira por quatro ou cinco dias de balsa. Não era possível trazer cilindros de oxigênio líquido por via aérea em aviões terceirizados, só podemos trazer em militares. Em 7 de janeiro a empresa nos comunicou que estaria com problemas de logística e regularidade das balsas, que iriam chegar até dois dias, pediu apoio logístico para fazer uma requisição de um estoque de concorrente para equilibrar. Liguei para o ministro e no mesmo momento foi acionado o comando. No outro dia, os aviões foram buscar os cilindros em Belém”, disse em entrevista a Jovem Pan.
Segundo o secretário, o consumo de oxigênio no Amazonas mais que triplicou durante a primeira semana de 2021, passando de 20 mil para 70 mil metros cúbicos consumidos em 10 dias.
“Tivemos que triplicar o atendimento de internações. Todas as unidades de saúde viraram a chave para atendimento da Covid-19, isso demandou, em um curto período de tempo, um consumo três vezes maior de oxigênio”, explicou, citando a instalação de mini usinas no estado para garantir maior produção do insumo hospitalar.
Segundo Campêlo, o Ministério da Saúde já enviou duas remessas de cargas de oxigênio para o Amazonas e fará a terceira nos próximos dias. Durante os dias críticos do estado, no entanto, além de autoridades, artistas, músicos e influenciadores, como Whindersson compartilhou o que foi obtido para doação.
“Tô no whats com a galera. Tirullipa: 10 cilindros de 50 litros. Tatá Werneck: 10 cilindros 50 litros. Simone: 10 cilindro 50 litros. Tierry: 10 cilindros 50 litros”, afirmou o humorista. Em seguida, ele informou que a cantora Marília Mendonça doou 20 cilindros, assim como o cantor Wesley Safadão, enquanto que o jogador Richarlison doou 10 unidades.