Procuradores da República do Rio de Janeiro decidiram recorrer de mais uma decisão polêmica do ministro do STF, Gilmar Mendes, tomada nas últimas horas e que agora está paralisando a Operação E$quema S da Lava Jato fluminense — que apura desvios de recursos do Sistema S, comandado pelo ex-presidente da Fecomercio Orlando Diniz.
Parte do dinheiro teria ido para advogados e escritórios de advocacia através de contratos fictícios, que foram alvos dessa operação realizada no mês passado. Entre os investigados estão advogados famosos como Frederick Wassef, Cristiano Zanin e Roberto Teixeira.
Wassef, inclusive, virou réu na Justiça na última semana por supostamente ter se beneficiado de R$ 2,5 bilhões. Ele nega. Gilmar Mendes, ao decidir paralisar as investigações, gera uma enorme insatisfação.
O pedido dos procuradores é que haja uma suspeição dele para julgar esse caso envolvendo a Fecomercio.
Esse pedido de paralisação acolhido por ele veio da OAB. No entendimento, o ministro diz que os procuradores fluminenses investigaram indiretamente o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Napoleão Maia.
A procuradoria do Rio de Janeiro já tem uma relação difícil com Mendes, que é relator da Lava Jato no Rio.
Gilmar já tomou muitas decisões polemicas e mandou soltar vários alvos da Operação no Estado.