Nesta quinta-feira (17) a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e a Câmara Municipal têm pautas especiais com pedidos de impeachment. Um deles é o do governador afastado Wilson Witzel (PSC). A comissão decide se aprova o parecer que pede a continuidade do processo.
Witzel teve afastamento do cargo em decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), como consequência da Operação Tris In Idem, que investiga desvios de recursos na saúde do RJ.
Já na Câmara Municipal, o pedido de impeachment do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos) está na dependência de aprovação para ser aberto. Os vereadores podem decidir o futuro do chefe do executivo municipal em votação de hoje.
“QG da propina”
Suspeitas oriundas do Ministério Público acerca de suposto “QG da Propina” dentro da prefeitura fluminense.
Um inquérito foi aberto no início de dezembro pelo MPRJ, fruto da delação do doleiro Sérgio Mizrahy. Ele foi preso na Operação Câmbio Desligo, um desdobramento da Lava Jato no Rio.
No depoimento, Mizrahy chama um escritório da prefeitura de “QG da Propina”. O doleiro não soube dizer se o prefeito Marcelo Crivella sabia da existência da estrutura.
Segundo a delação, o operador do esquema era Rafael Alves. Rafael não possui cargo na prefeitura, mas tornou-se um dos homens de confiança de Crivella por ajudá-lo a viabilizar a doação de recursos na campanha de 2016.
Depois da eleição, o empresário emplacou o irmão na Riotur e, segundo o doleiro, montou um “QG da Propina”.
O prefeito escapou de um pedido de impedimento relativo ao caso chamado “Guardiões do Crivella”, no qual funcionários da prefeitura impediam usuários do sistema de saúde de criticá-lo em entrevistas para TVs. Funcionários que faziam plantão na porta de hospitais do Rio para abordar pacientes e impedir o trabalho da imprensa não usavam crachá profissional nem se identificavam como servidores do município.
Segundo a prefeitura os funcionários a criação de grupos no WhatsApp tinha como objetivo reforçar o atendimento para informar a população e evitar riscos à saúde pública.