Homem é preso por “estupro virtual” após ameaçar divulgar nudes

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Um homem de 34 anos foi preso por “estupro virtual”, em Teresina (PI). Esta seria a primeira prisão por esse tipo de conduta em ambiente virtual, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Piauí. Embora o “estupro virtual” não esteja previsto no Código Penal, o homem foi enquadrado com base no artigo 213, que versa sobre estupro e prevê a pena para quem obriga alguém a praticar qualquer tipo de ação de cunho sexual, contra sua vontade, sob ameaça ou uso de violência.

O delegado responsável pelo caso, Daniell Pires Ferreira, informou que o acusado teve um relacionamento com a vítima, de 32 anos, há cinco anos. Ele teria feito imagens dela nua, enquanto dormia. Em seguida, criou um perfil falso em uma rede social e passou a ameaçar com a divulgação das imagens na internet e nas redes sociais de familiares e amigos caso ela não enviasse mais registros íntimos.

Ainda de acordo com o delegado, o homem a obrigou também a se masturbar com o uso de vibradores e a introduzir outros objetos na vagina. Em todas as situações, a mulher deveria mandar fotos para ele. Nos últimos meses, o homem criou um segundo perfil falso em nome da vítima e colocou todo o material junto com fotos do filho e da família da mulher.

Ainda sem saber de quem se tratava, a mulher procurou a polícia, que começou as investigações. Com ordem judicial, os investigadores descobriram o IP do computador e chegaram até a casa do agressor.

Segundo o delegado Ferreira, o crime se caracteriza como estupro, independentemente de ter ocorrido sem a presença física do agressor. “É um estupro ocorrido em ambiente virtual”, afirmou, explicando que a configuração do crime ocorreu quando o homem obrigou a mulher a praticar consigo mesma o ato libidinoso.

“Ela foi ameaçada, foi constrangida mediante grave ameaça para manter ato libidinoso. Isso caracteriza o crime de estupro”, afirmou.
Com base nas provas encontradas nos computadores e celulares do técnico, a Justiça determinou a prisão provisória do técnico por 30 dias.

Em depoimento à polícia, o acusado confessou os atos, mas disse que só estava “brincando” com a vítima. Afirmou ainda que há cinco anos ficou inconformado com fato de ela não ter aceitado manter o relacionamento, que havia durado apenas duas semanas.

O homem mora no mesmo bairro da vítima, é casado e pai de um filho de quatro anos, e a mulher dele está grávida. No computador dele, polícia encontrou um arquivo com mais de 50 mil fotos de mulheres nuas e agora investiga se há mais casos de crimes virtuais.

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